Conheça a fantástica história do gênio da Renascença que impressiona até hoje.
Salvator Mundi, a obra mais cara do mundo hoje
FICHA TÉCNICA
Pesquisa, roteiro e produção: Christian Gurtner
PATRONOS
Esse episódio foi possível graças ao apoio de Soraya Pfeiffer, Raphael Dos Santos Maia, Rafael Dourado, Wagner Fernandes, Rogerio Almeida, Fulvio Longhi, Vinicius Brescia, Wannaplay, Joao Paulo Sossoloti, Kleuber, Mauro Lacerda, Rosi, Julierme Peixoto, Francisco Menezes, Silton, Halyson Guerra, Genicio Zanetti
A dama com arminho, de Leonardo
LINKS CITADOS
Giorgio Vasari’s Lives of the Artists
TRILHA SONORA
Arcadia — Kevin MacLeod
Suonatore de Liuto — Kevin MacLeod
Angevin B — Kevin MacLeod
The Path of The Goblin King — Kevin MacLeod
Darkest Child — Kevin MacLeod
Exciting Trailer — Kevin MacLeod
Sardana — Kevin MacLeod
Cortosis — Kevin MacLeod
Crusade — Kevin MacLeod
Temple of the Manes — Kevin MacLeod
Willow and the light — Kevin MacLeod
Some amount of evil — Kevin MacLeod
Rites — Kevin MacLeod
A última ceia, de Leonardo
BIBLIOGRAFIA
LEONARDO DA VINCI. Leonardo’s Notebooks. 1.ed. New York: Black Dog & Leventhal Publishers, 2005
HISTORY.COM STAFF. Leonardo da Vinci — Facts & Summary.Disponível em: < http://www.history.com/topics/leonardo-da-vinci >. Acesso em: 12/11/2014
G. VASARI. Lives of the Artists. Disponível em: < http://members.efn.org/~acd/vite/VasariLives.html >. Acesso em: 13/11/2014
TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO
(As transcrições dos episódios são publicadas diretamente do roteiro, sem revisão, podendo haver ainda erros ortográficos/gramaticais e, assim, pedimos que marquem os erros e deixem uma nota para que possamos corrigí-los)
Ler a transcrição completa do episódio
O Bastardo
Toscana, ano de 1452
Em Anchiano, um vilarejo da comuna italiana de Vinci, uma camponesa de nome Caterina estava prestes a dar a luz. Ela carregava o filho de um notário, chamado Piero Fruosino di Antonio, com quem não tinha se casado e nem o ia devido as diferenças de classes.
Assim, na terceira hora da noite do dia 15 de abril ela dá a luz a um bastardo, que chamou de Leonardo. E, por ser ilegítimo, não receberia o sobrenome do pai, mas seria chamado de acordo com sua origem, que era: Leonardo, filho de Ser Piero, da cidade de Vinci. Ou, como foi nomeado em italiano: Leonardo di Ser Piero da Vinci.
O Infante
A história guardou muito pouco sobre a vida do pequeno Leonardo. Apesar de ter vivido os primeiros anos de vida com sua mãe, por algum motivo mudou-se para a casa do pai por volta dos seus cinco ou seis anos.
Ser bastardo naquela época não significava que o filho deveria ser abandonado ou ignorado pelo pai. Pelo contrário. Mas leis e costumes impediam que um filho ilegítimo ocupasse certas posições e tivesse alguns privilégios como uma educação avançada.
Mas isso não seria um problema para Leonardo, que recebera toda a educação básica que lhe era permitido receber e logo cedo já começou a mostrar habilidades em matemática, música e artes, sempre autodidata e com um multi-talento sobrenatural.
O Jovem
Ser Piero, pai de Leonardo, ficara impressionado com as obras artísticas que o filho criava. Levou, então, algumas amostras para o ateliê de um dos maiores artistas florentinos da época: Andrea del Verrocchio.
Verrocchio também se admirou com o talento do filho de Ser Piero e o aceitou como pupilo. O que, na época, era um grande privilégio no meio artístico e cultural. Assim, Leonardo vai para Florença, trabalhar no ateliê onde passaria boa parte de sua adolescência.
A Itália Renascentista
Não só a vida de Leonardo e seu enorme talento são impressionantes. O que acontecia a sua volta é também digno de nota e, certamente, contribuiu para o surgimento do gênio Leonardo.
A Europa vivia um época de abundância cultural, artística, política e religiosa conhecida como Renascimento, ou Renascença. Esse nome se deve ao fim dos escuros e ignorantes séculos da Idade Média, e a sociedade redescobria e pautava novamente o conhecimento e referências da Antiguidade Clássica. O feudalismo dava lugar ao capitalismo, a arte ganhava liberdade e prestígio, a ciência começava a avançar novamente e quase todos os aspectos da sociedade mudavam, como a música, literatura, artes visuais e arquitetura.
Esse renascimento, que durou do século XIV até, provavelmente o século XVI teve origem na Península Itálica e depois se espalhou por toda a Europa, tendo Florença como o centro de toda essa explosão cultural, que abriu espaço para o surgimento de vários outros talentos que, de certa forma, deixaram um grande legado, como Michelangelo, Maquiavel, Petrarca e Botticelli.
Apesar de todo esse renascimento do humanismo e da razão, a igreja católica era extremamente influente na região, e agia não só como guia espiritual, mas principalmente como um estado imperialista e militar.
A Itália renascentista não era um único país, e sim um aglomerado de cidades estado, como Florença, Milão, Veneza e os estados papais, sob o domínio da Roma católica. Em muitas dessas cidades, o capitalismo já mostrava seu efeito político, onde famílias abastadas, normalmente de banqueiros, detinham o poder e governavam as cidades, como era o caso dos Medici, em Florença. Isso gerava intrigas, conspirações e assassinatos de forma quase Shakespeareana entre famílias inimigas que tentavam tomar o poder.
Porém, essas famílias também eram os maiores patronos da arte e da arquitetura, patrocinando diversos artistas e fomentando a cultura.
A relação entre as cidades era também, por vezes, tensa. Guerras e invasões aconteciam entre elas e ainda sofriam com tentativas de invasão de fora da península, como por parte dos franceses.
O Florentino
Em 1467, com 15 anos de idade, Leonardo chega a Florença para trabalhar como aprendiz no ateliê de Andrea del Verrocchio.
Os ateliês de arte funcionavam como grandes oficinas regidas por um mestre onde vários aprendizes e assistentes faziam boa parte do trabalho, pintando e esculpindo obras encomendadas.
Leonardo rapidamente se destacou dos demais aprendizes, tornando-se um dos favoritos e tendo até mesmo encomendas de obras enviadas diretamente a ele. O talento de Leonardo era tanto que ao colaborar numa das obras de Verrocchio, intitulada “O Batismo de Cristo”, onde o jovem aprendiz pintou um dos anjos, que ficava ao lado do anjo pintado pelo próprio Verrocchio, a superioridade fora tão grande, que reza uma lenda que Verrocchio decidira nunca mais pintar.
Em 1472, aos 20 anos de idade Leonardo da Vinci foi qualificado como mestre na Guilda de São Lucas, a mais notável da época. As guildas eram uma espécie de associação, no caso de artistas e artesãos que regulavam a produção artística da cidade. Apesar de então mestre, os laços criados com Verrocchio não deixaram-no se afastar de seu antigo tutor, com cujo o qual e ele continuou colaborando.
O Pervertido
O sucesso de Leonardo da Vinci como pintor o tornara conhecido em Florença, principalmente entre as famílias mais abastadas. Talvez por isso ele se tornara alvo de inveja e despeito, o que, pode ter causado a denúncia que acabou por abalar sua reputação. Em 1476 o artista foi acusado de sodomia e depois de um humilhante processo, as acusações foram retiradas.
A partir daí acontece algo estranho: Leonardo da Vinci some. Não há nenhum registro de obras, diários, notas ou qualquer menção sobre seu paradeiro entre os anos de 1476 e 1478, quando ele ressurge na história, se desligando do ateliê de Verrocchio e indo viver, de acordo com alguns autores, com os Medici, seus patronos.
O Milanês
Lenardo da Vinci já havia realizado vários trabalhos artísticos para mosteiros, igrejas e famílias ricas, porém, em certo ponto de sua vida, talvez cansado de ser reconhecido só como pintor, resolveu divulgar outro talento seu.
Em 1482 ele envia uma carta para Ludovico Sforza, o Duque de Milão, se dizendo um exímio engenheiro militar, com projetos que poderiam auxiliá-lo na guerra. Ah, e também era artista.
Assim o bastardo de Vinci deixa Florença e se muda para Milão, onde passaria 17 anos trabalhando para os Sforza como engenheiro, mas também como pintor e escultor.
Durante sua temporada em Milão, Leonardo criou algumas importantes obras, como a Última Ceia, pintura a qual gera mistérios e teorias da conspiração. Fez o design do domo da Catedral de Milão e também recebeu a encomenda de um gigantesco monumento equestre em homenagem ao predecessor de Ludovico, Francesco Sforza.
A escultura levaria anos para ser projetada, assim como muitas outras obras de Leonardo que, ou demoravam muito para serem entregues ou simplesmente permaneciam inacabadas. Isso parecia fazer parte do gênio de Leonardo que, se preocupava mais em aprender e desenvolver novas técnicas. E quando finalmente ele atingia esse objetivo, ele simplesmente perdia o interesse pela obra.
Assim, Leonardo pesquisou e observou incansavelmente todos os detalhes dos cavalos. Seus músculos, pele e movimentos, até que em 1492 ele terminou o gigante modelo em argila, que ficou conhecido como Gran Cavallo. Após apreciado e aprovado pelos Sforza, ele então poderia produzir o monumento usando 17 toneladas de bronze.
A essa altura, Leonardo da Vinci havia conhecido um menino de 12 anos que empregara como assistente. Seu nome era Gian Giacomo Caprotti da Oreno, apelidado por Leonardo de “Salai” (que significa “pequeno diabo”). O apelido se deve a deliquência do jovem, que Leonardo listou como mentiroso, ladrão e glutão. Porém viria a se tornar um grande amigo e companheiro do mestre por 30 anos.
O Gran Cavallo não iria ser concluído. Em 1494 Ludovico Sforza foi obrigado a usar a enorme quantidade de bronze para produzir canhões para defender a cidade dos ataques de Carlos VIII. E em 1499 com a tomada de Milão pelos franceses, os mesmos usaram o modelo em argila para praticar tiro, destruindo de vez o Gran Cavallo de Leonardo.
Leonardo e Salai deixam Milão.
O Viajante
Leonardo vai para Veneza. Lá foi empregado como engenheiro militar, onde desenvolveu projetos para defender a cidade de ataques navais. Porém, sua estadia lá não duraria muito, retornando para Florença em 1500 e, dois anos depois muda-se para Cesena onde iria trabalhar para Cesare Borgia, filho do Papa Alexandre VI, acompanhando-o em viagens pela Itália, e produzindo mais projetos militares e mapas, o que era raro na época. A precisão dos mapas produzidos por Leonardo era tão espantosa que rapidamente fez com que Cesare Borgia tornasse seu patrono.
Nos anos seguintes o então renomado pintor Leonardo manteve idas e vindas entre Florença e Milão, até que permaneceu nesse último por alguns anos após a morte de seu pai.
O Francês
Em 1516, já em idade avançada, Leonardo passa a maior parte do tempo em Roma, no Vaticano, tendo o Papa Leão X, que também era da casa dos Medici, como patrono, até que em 1515, Francis I, da França toma Milão novamente.
O Papa Leão apresenta Leonardo ao monarca francês que já conhecia a fama do artista. Leonardo então produz uma máquina que certamente deve ter espantado a corte de Francis quando foi apresentada: um leão robótico que caminhava sozinho, se sentava e abria seu peito exibindo lírios.
Esse não fora o único de robô de Leonardo. Ele também havia projeto um cavaleiro completamente funcional que andava, sentava e erguia o elmo.
Mesmo se Leonardo já não fosse famoso, o leão seria mais do que o suficiente para impressionar o rei Francês, que se tornou seu novo patrono e o levou para França, onde lhe deu uma mansão, o Château du Clos Lucé e um bom salário.
Leonardo havia levado três obras suas para o Château, dentre elas a Mona Lisa, quadro que parecia nunca ficar pronto e que o pintor passara muitos anos trabalhando.
Junto com Leonardo fora também seu amigo e aprendiz mais talentoso: Francesco Melzi, que permaneceu com o mestre até a sua morte, de causas naturais, em 1519 no seu leito do Château du Clos Lucé.
A maior parte da herança de Leonardo da Vinci, inclusive suas anotações, foram para o seu aprendiz Francesco Melzi. Mas, em seu testamento, Leonardo não esqueceu de seu antigo fiel pupilo Salai, que recebera uma boa herança e também, provavelmente, a Mona Lisa. Seus irmãos e também alguns criados receberam parte da herança.
Partia desse mundo o grande artista e talentoso engenheiro Leonardo. Porém, muitos anos depois, ele nasceria de novo. Mas não o pintor, e sim o gênio sem precedentes: Leonardo da Vinci
O Gênio
Durante sua vida, Leonardo fora reconhecido como um grande artista e também autor de grandes feitos em outras áreas. Porém, o mundo não fazia a menor ideia do que tinha perdido com sua morte.
O aprendiz Francesco Melzi, após a morte do mestre, tentou sem sucesso publicar as milhares de páginas de anotações, experimentos e desenhos de Leonardo. O que se mostrou muito complicado devido a dificuldade de reproduzir os desenhos em larga escala e também compreender a peculiar escrita inversa do autor.
Os estudos e anotações de Leonardo ficaram então, parcialmente esquecidos por séculos, até que foram sendo redescobertos. E quando as pessoas começaram a analisar suas obras com um olhar científico moderno, ficaram assombradas.
Leonardo havia idealizado e projetado coisas que só foram vistas pela humanidade três séculos depois. Dentre eles, modelos básicos de aviões, helicópteros, para-quedas, equipamento de mergulho, tanque de guerra, compressor de ar, odômetro e muito mais.
Apesar dessas invenções serem versões básicas do que temos hoje, elas já mostravam a inspiração para serem desenvolvidas muito antes de qualquer outra pessoa elaborar a ideia.
Boa parte dos projetos de Leonardo encontravam uma barreira: a falta de recursos e tecnologia para colocar em prática. Os protótipos de tanque e helicóptero, por exemplo, precisavam nitidamente de um motor, o que talvez teria sido até desenvolvido se o autor tivesse vivido mais um século, já que mostrava grande talento para a mecânica.
Através das anotações de Leonardo, foi possível ver que estudou e dominou várias ciências, desde física e geometria até medicina.
Da Vinci dedicou boa parte de sua vida dissecando e estudando cadáveres, criando assim ilustrações tão perfeitas da anatomia humana que seus desenhos se tornaram a base para as ilustrações modernas para o estudo da anatomia.
Muitos pregam que se as anotações de Leonardo tivesse sido publicadas em larga escala em seu tempo, o homem teria pisado na Lua ainda no século XIX. Suas anotações impressionaram tanto que muitos se perguntaram como era possível um só homem dominar e criar tanto, em tantas áreas, se mostrando séculos a frente de seu tempo.
É aí que teorias começam a surgir.
O Mistério
Pouco se sabe da vida pessoal de Leonardo. Ele escreveu praticamente nada em suas notas no que diz respeito a sua vida. Também, com exceção de Vasari, não há uma biografia ou relatos sobre como vivia e o que fazia Leonardo da Vinci fora da arte e da ciência.
Porém, através de notas de outros autores contemporâneos ou registros oficiais, ou simplesmente através de suas próprias anotações, é possível seguir os passos de Da Vinci. Mas entre 1476 e 1478 ele some, criando assim uma lacuna de dois anos sobre o paradeiro do jovem Leonardo.
Esse sumiço do gênio gera muitas especulações, alguns dizendo até se tratar de influência extra-terrestre, o que explicaria a capacidade criativa e o assombroso talento de Leonardo.
Com algumas pontas soltas e mistérios sobre a vida de Da Vinci, suas obras artísticas foram incansavelmente analisadas em busca de sinais que ele teria deixado, como mensagens secretas. E quem procura acha.
Algumas das criações de Leonardo contam com peculiaridades que, para quem está em busca de um sinal, é um prato cheio.
Na famosa Última Ceia, não há um cálice sequer e Judas parece ser uma mulher, que muitos dizem se tratar de Maria Madalena. Na obra “Anunciação” de Verrocchio, Leonardo colaborou pintando o anjo, porém ele utilizou uma tinta diferente da do mestre, e assim, quando foi possível analisar o quadro através de raio-x nos dias de hoje, algo surpreendente acontece: todo o quadro continua visível, com exceção do anjo de Da Vinci, que some completamente.
A identidade e o sorriso de Mona Lisa também são mistérios que muitos tentaram em vão solucionar. Quem era a mulher daquele quadro que Leonardo carregou por muitos anos aonde quer que ia e estava sempre dando retoques e nunca considerando a obra finalizada? O que significa aquele misterioso sorriso?
Para todas as perguntas há teorias plausíveis de algo completamente normal e nada sobrenatural. Porém, quem quer acreditar em algo mais, como mensagens que Leonardo deixou para a posteridade escondidas em seus quadros ou até em influência extra-terrestre, sempre haverão evidências para se basear também.
O fato é que Leonardo da Vinci foi um gênio além de seu tempo. Vasari, em sua obra do século XVI “As Vidas Dos Artistas”, começa o capítulo sobre Leonardo da seguinte forma:
No curso natural dos acontecimentos, muitos homens e mulheres nascem com talentos notáveis, mas, ocasionalmente, de uma maneira que transcende a natureza, uma única pessoa é maravilhosamente dotada pelo céu com a beleza, graça e talento em abundância tal que ele deixa os outros homens para trás, todas as suas ações parecem inspiradas e, na verdade tudo o que faz claramente vem de Deus e não da habilidade humana. Todos reconhecem que isso era verdade em Leonardo da Vinci, um artista de beleza física excepcional, que mostrou infinita graça em tudo que ele fez e que cultivou seu gênio tão brilhante que todos os problemas que estudou, ele resolveu facilmente.
Seja divino, extra-terrestre ou puramente mundano, uma coisa é fato: Leonardo Da Vinci foi um gênio que quase nenhum outro ser humano equiparou no que diz respeito a diversidade de pesquisa e criação. E talvez essa seja a resposta para o sorriso de Mona Lisa. Ela ri, quase que de forma carinhosa, de todos nós.
Aquele que não valoriza a vida, não merece viverUm dia bem aproveitado, nos faz dormir felizes. Uma vida bem vivida, nos faz morrer felizes.Feliz daquele que ouve as palavras dos que já morreramAquele que pensa pouco, erra muitoA maior decepção que o homem sofre, é sua própria opinião.Enquanto eu pensava estar aprendendo a viver, eu estava era aprendendo a morrer Leonardo Da Vinci
Comments