Uma lista da antiguidade nomeou sete maravilhas erguidas pelo homem na época. Conheça a história dessas construções épicas.
Representação do Templo de Artemis
PATRONOS
Esse episódio foi possível graças ao apoio de Filipe Rios, Etel Sverdlov, Carlos Filho, João Pedro Bueno Telles, Silvia M. D’Avola, Wilson Harada, Herman Faulstich, Gisele Frias Santos, Pacifico Fernandes, Allan Magalhães Viana, Evandro Faria, Felipe Santos Assuncao , Leo Pires, Wellington Marthas, Miguel Estevão Santos Correa, Samuel Bezerra de Lima, Silton Heleno Maciel Júnior, Stephanie G. Soares, Christian H Mendes, Daniel Fontolan, Rafael de Carvalho, Fabio Moreti Cataldi, Murilo Rebouças Aranha, Elsino Silva, Roberto Potenza, Francisco Menezes
Representação dos Jardins Suspensos da Babilônia
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Colosso de Rhodes
TRILHA SONORA
Em organização…
Estátua de Zeus em Olímpia (representação)
BIBLIOGRAFIA
TonyPerrottet, F. (2018). Journey to the Seven Wonders. [online] Smithsonian. Available at: https://www.smithsonianmag.com/travel/journey-to-the-seven-wonders-2757692/ [Accessed 2 Jan. 2018].
Mark, J. (2018). The Seven Wonders. [online] Ancient History Encyclopedia. Available at: https://www.ancient.eu/The_Seven_Wonders/ [Accessed 12 Jan. 2018].
Farol de Alexandria
FICHA TÉCNICA
Pesquisa, roteiro e produção: Christian Gurtner
Agradecimento especial à P. Hollerbach pela sugestão de tema.
Mausoléu de Halicarnasso
TRANSCRIÇÃO DO EPISÓDIO
(As transcrições dos episódios são publicadas diretamente do roteiro, sem revisão, podendo haver ainda erros ortográficos/gramaticais e, assim, pedimos que marquem os erros e deixem uma nota para que possamos corrigí-los)
Ler a transcrição completa do episódio
Introdução
No século III a.C., o Grego Calímaco de Cyrene, então diretor da Biblioteca de Alexandria, cria um lista chamada “Coleção de maravilhas pelo mundo”, contendo grandes obras arquitetônicas da época.
Essa obra posteriormente se perderia, porém serviu de base para a criação de algumas outras listas, dentre elas uma que se eternizaria na história: a lista criada por Antípato de Sídon, em 100 a.C., que basicamente era a quase a mesma lista criada por Diodorus Siculus, contendo as Sete Maravilhas do Mundo Antigo.
Desde então, o mundo se encanta com a capacidade humana de realizar tão majestosos feitos arquitetônicos, e para nós, nos dias de hoje, resta somente imaginarmos, já que a maioria das maravilhas não existe mais. Mas a história que elas deixaram pra trás pode ser tão interessante quanto sua construção.
Templo de Artemis
Éfeso, 550 a.C.
Acabavam as obras de construção do Templo de Artemis. Após mais de um século de empreitada, ele agora era o maior templo e uma das estruturas mais incríveis que o mundo havia visto até então.
Construído para Artemis, a deusa da caça e dos animais selvagens, em aparência ele se assemelhava ao Parthenon de Atenas, porém ele tinha as incríveis dimensões de 69 metros de largura, 120 metros de comprimento e sustentado por 127 magníficas colunas de 18 metros de altura.
A obra foi financiada pelo rei Creso, da Lídia, que não poupou riquezas. No interior do templo, protegida pelas brilhantes paredes de mármore, havia, envolta em incenso, uma grande estátua da deusa, de braços abertos.
Era tão deslumbrante o templo, que, dois séculos depois, um homem ateou fogo no edifício para conquistar uma duradoura fama. O templo foi ao chão.
Os efésios ordenaram que o nome do criminoso nunca fosse registrado. Mas sabe-se hoje que seu nome era Herostratus.
Na mesma noite em que o templo ardeu em chamas, nasceu Alexandre, o Grande. Futuramente ele se ofereceria para reconstruir o edifício, porém, ele só foi reerguido, em menor escala, após a morte de Alexandre.
Anos depois ele fora novamente destruído pelos Godos em seus saques. E novamente ele fora reconstruído, até que, em 401 d.C. Ele viu seu fim definitivo através de uma massa furiosa de cristãos que levaram ao chão tudo o que encontravam de pagão pela frente.
Jardins suspensos
Babilônia, aproximadamente 560 a.C.
Um viajante que chegava pela primeira vez na capital do reino de Nabucodonosor II, famoso rei que havia libertado a Assíria, se impressionaria por um enorme jardim suspenso sobre uma série de terraços chegando a 23 metros de altura e contendo uma fauna e flora tão exótica quanto perfumada.
Os jardins possuíam um sistema de irrigação próprio, algo incrível para época, e sua história se misturavam com uma história de amor.
Conta-se que o rei Nabucodonosor II casara-se com a princesa Amitis de Média. Na Babilônia, Amitis tinha muita saudades das montanhas e flores de sua terra. Como forma de agradar sua esposa, o rei orndenou que se construísse uma enorme montanha repleta de plantas, flores e animais, surgindo, assim, vários anos depois, aquilo que ficou conhecido como os Jardins Suspensos da Babilônia.
Há uma linha de historiadores que acha há controvérsias sobre a existência do jardim, porém ele é citado por alguns escritores e engenheiros da época como verdadeiro.
O fato é que hoje ele não existe mais. Um terremoto o destruiu no século I d.C.
Estátua de Zeus
Olímpia, 435 a.C.
O escultor Fídias terminava aquela que seria a sua mais famosa escultura. Olímpia já era conhecida pelos famosos jogos olímpicos, seus templos e centenas de estátuas dos vencedores dos jogos passados, fazendo da cidade um santuário grego.
Era o local ideal para erguer tão majestosa escultura. Após dar os últimos retoques, Fídias contemplou a escultura de 13 metros, feita de marfim e ouro, que representava Zeus sentado em um trono.
A enorme escultura fora feita com tamanha perfeição que sua fama correu todo o mundo antigo, recebendo comentários como o de um orador grego que dizia que bastava um rápido olhar para a estátua para que todos os seus problemas se ofuscassem. O general romano Amelius Paullus, escreveu que a escultura tocara sua alma, como se ele estivesse diante do próprio deus grego.
Com a chegada do cristianismo, o templo caiu em ruínas e os jogos olímpicos proibidos, pois eram considerados ritos pagãos.
A estátua foi desmontada e reerguida em Constantinopla, onde, por volta do século 5 d.C. foi destruída por um terremoto.
Mausoléu de Halicarnasso
Halicarnasso, 353 a.C.
Artemisis, recém viúva do Rei Mausolo, decidiu criar uma tumba a altura do grande rei que fora seu marido. E assim surgia uma obra tão grande e bela, que a palavra Mausoléu é derivada justamente da tumba de Mausolo.
A tumba tinha 41 metros de altura e era decorada com centenas de estátuas criadas pelos quatro maiores escultores gregos da época.
Por uma romântica ironia, Artemisis morre dois anos depois de seu marido e suas cinzas foram levadas ao mausoléu junto com as do Rei.
Posteriormente uma série de terremotos deixou o mausoléu quase em ruínas, e assim permaneceu por muitos séculos, até que, em 1494 ele fora completamente desmontado e suas pedras usadas para erguer o Castelo de São Pedro.
Colosso de Rhodes
Ilha de Rhodes, 304 a.C.
O exército de Demetrius é derrotado enquanto tentava invadir a ilha. Com a iminente aniquilação, os invasores abandonam a ilha deixando a maioria de seu equipamento e armas para trás.
Os Rodianos, então recolhem e vendem todo o equipamento do inimigo e, com o dinheiro, erguem em seu porto uma gigantesca estátua em bronze do deus Helios, padroeiro da ilha, que ficou conhecida como o Colosso de Rhodes.
A enorme estátua de 33 metros de altura impressionava a todos que se aproximavam pelo mar, sendo ela a inspiração para a famosa Estátua da Liberdade em Nova York.
A estátua porém não aguentou o terremoto que ocorreu 56 anos depois de construção e foi derrubada. Porém, a estátua era tão impressionante que suas ruínas ainda atraíram visitantes por mais de 800 anos. Plínio, o ancião, dizia que só um dedo do Colosso era maior que a maioria das estátuas da época.
Por volta do anno domini 650 as ruínas do colosso foram vendidas para um mercador judeu de Edessa, que precisou de 900 camelos para levar todo o bronze para ser derretido.
Era o fim do Colosso de Rhodes.
Farol de Alexandria
Alexandria, anno Domini 280
Uma embarcação afastada 30 milhas de Alexandria, vê um forte brilho vindo do porto. Na verdade estavam tão distantes que, nem viam o porto ou a cidade, só a luz, como se algo estivesse brilhando sobre a cidade.
Ao se aproximar conseguem ver que era um farol. Mas não um farol comum, e sim uma gigantesca obra da arquitetura. Era simplesmente a terceira mais alta estrutura criada pelo homem até então.
O base do farol era quadrada, seu meio octogonal e o topo circular, onde espelhos refletiam a luz do sol durante o dia e o fogo durante a noite. E de todas as sete maravilhas da antiguidade, era a única que tinha uso prático.
Muitos relatos da época diziam que era impossível descrever o Farol de Alexandria com palavras.
Alexandria era também o lugar onde se encontrava a maior e mais rica biblioteca do mundo antigo, local onde inúmeros filósofos desenvolveram teorias e estudaram o céu e a terra, fazendo com o que o Farol de Alexandria fosse tanto literal quanto metafórico sobre a cidade.
Porém o farol também foi vítima de terremotos. Ficou danificado pelo primeiro no ano de 956, depois em 1303, novamente em 1323 e recebeu seu golpe de misericórdia em outro terremoto no ano de 1480.
Entreato para Pirâmide
Quase todas as maravilhas não chegaram até nossos dias. Será que os antigos exageraram então em seu esplendor? Não. A única sobrevivente prova com toda sua imponência que a palavra “maravilha” pode ser até pouco.
Pirâmide de Gizé
Gizé, Egito 2561 a.C.
Dois mil anos antes de qualquer outra das sete maravilhas do mundo antigo surgir, a mais antiga delas estava pronta.
Depois de 20 anos de trabalho tão misterioso quando árduo, os Egípcios haviam levantado a mais simétrica e alta estrutura humana do planeta.
Na verdade, a pirâmide construída como descanso final para o Faraó Queóps, por mais de 4.000 anos permaneceu com o título de maior construção humana.
Muitos mistérios ainda rondam a pirâmide, principalmente sobre como ela foi erguida em uma época cujas ferramentas ainda eram rústicas. Há até quem diga que ela foi erguida por extra-terrestres.
A pirâmide sobrevive o tempo até hoje e ainda esconde muitos mistérios. Ela foi colocada na lista das sete maravilhas, unicamente por sua grandeza e perfeita simetria com a qual fora erguida. Os gregos nem imaginavam que dentro dela, outras maravilhas estavam escondidas.
Só no Séc. XVIII que começaram a escavar a pirâmide e então descobrir passagens, salas, catacumbas e tesouros dentro dela.
Até hoje ela não foi completamente explorada, escondendo ainda sabe-se lá o que mais em salas secretas.
Pirâmides do Egito
Excelente episódio, só faltou divulgar qual foi a trilha sonora.
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